A safra de soja 2024/2025 em Mato Grosso do Sul teve uma produtividade média de 51,78 sacas por hectare, conforme dados divulgados pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) na terça-feira (3). Apesar de um crescimento de 6,8% na área plantada, que atingiu 4,524 milhões de hectares, a estiagem severa no início do ano afetou negativamente o enchimento dos grãos, resultando em uma produtividade menor do que a prevista.
Os dados da Aprosoja revelaram que as melhores produtividades do estado ocorreram em municípios das regiões Norte e Nordeste. Costa Rica, com 78,36 sacas por hectare, liderou o ranking de produtividade. Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Maracaju e Paraíso das Águas também registraram bons resultados, com produtividades acima de 70 sacas por hectare. Esses municípios conseguiram se destacar devido a práticas agrícolas eficientes e, em muitos casos, a condições climáticas mais favoráveis.
Em contraste, a produtividade nos municípios da região Sul de Mato Grosso do Sul ficou abaixo da média estadual. Dourados, Sidrolândia, Ponta Porã e Rio Brilhante apresentaram colheitas com rendimentos de 39,9 a 50,9 sacas por hectare, devido ao impacto das condições climáticas adversas, especialmente a falta de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras.
A Aprosoja também destacou a importância da irrigação, que teve um impacto positivo em municípios como Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, onde o uso de áreas irrigadas contribuiu para rendimentos mais altos. A avaliação da safra foi realizada por meio de um monitoramento detalhado que envolveu a coleta de dados de campo e o uso de imagens de satélite, cobrindo mais de 29 mil quilômetros percorridos pela equipe técnica da Aprosoja, o que permitiu uma análise precisa do desempenho da soja no estado.